quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Médicos sem Fronteira

Tive a oportunidade de conhecer recentemente uma exposição do trabalho desta organização na Praça da Sé em São Paulo e fiquei pensando em quantos profissionais que estão desligados de empresas poderiam dedicar um tempo para um trabalho voluntário que realmente faz a diferença. Claro que muita gente tem questões familiares a considerar, escolares, de saúde, etc. que é impeditivo para um deslocamento da onde mora por um período, porém, sem dúvida nenhuma, deve existir um outro grupo de pessoas com disponibilidade para tal e que poderiam analisar uma alternativa. Se você estiver neste grupo com possibilidade para um "sabático humanitário" vai aí a dica do site do Médicos sem Fronteira e os critérios para seleção de voluntários: http://www.msf.org.br/mhome.asp

Os critérios gerais de seleção são os seguintes:

- motivação pelo trabalho humanitário;
- qualificação profissional em sua área de atuação;
- experiência profissional comprovada;
- disponibilidade e vontade de trabalhar fora do Brasil, por pelo menos 12 meses;
- ótimos conhecimentos em francês e/ou em inglês;
- conhecimentos em informática;
- flexibilidade, adaptabilidade, sociabilidade, facilidade e interesse por trabalhar em equipe;
- capacidade de lidar com grande carga de trabalho e de trabalhar em condições por vezes difíceis;
- estar em boas condições de saúde física e psíquica.

Outros critérios desejáveis são os seguintes:
- experiência de trabalho em regiões remotas e/ou com poucos recursos;
- experiências de viagens pelo interior do Brasil e/ou por outros países em desenvolvimento;
- conhecimento de outras línguas estrangeiras.

Se você preenche estes critérios básicos, neste momento MSF está recrutando os seguintes profissionais brasileiros:- anestesiologistas- cirurgiões- enfermeiros - enfermeiros com especialização em obstetrícia- farmacêuticos - ginecologistas/obstetras - médicos de família e comunidade- médicos generalistas- médicos generalistas com experiência em HIV, Tuberculose, médicos infectologistas- pediatras - profissionais de logística - outros profissionais

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

MWM e a crise

Ainda comentando sobre o posicionamento das empresas quanto a crise, a MWM Internacional que atua num dos setores mais atingidos (motores de carros, ônibus e tratores) apresenta uma postura equilibrada com relação à gestão do seu pessoal: negociaram uma redução temporária da jornada de trabalho (20%) e dos salários (17,5%). O presidente da companhia no Brasil, Waldey Sanchez, esteve pessoalmente à frente das discussões e negociações com os colaboradores. No cenário em que trabalham, esta redução iria até o bimestre abril/maio quando vislubram a retomada gradual dos negócios. Usam umas das máximas de Henri Ford: "o objetivo é manter todos os funcionários, pois, um desempregado é uma pessoa a menos para consumir e uma a mais para alimentar a crise". Parabéns!

Assim eles enfrentam a crise

Interessante a leitura da matéria de capa da Revista Exame de 11/02/2009, que nos informa como 170 presidentes de grandes empresas brasileiras estão liderando suas companhias nestes momentos turbulentos.

A matéria inicia contando como o principal executivo da GE, corporação que cresceu em média 30% ao ano desde 2.004, e que teve em 2.008 o melhor ano da sua história no Brasil faturando 3,4 bilhões de dólares - 46% mais que em 2.007, mudou sua conduta de "estrategista de grandes tacadas" para "administrador tático", olhando o presente com atenção às minúcias...

O que signfica isto, trocando em miúdos, ou em minúcias? A companhia que tanto cresceu no período de 4 anos, batendo recorde em cima de recorde, após quatro meses de iniciada a crise resolve que 170 funcionários de um braço financeiro eram totalmente dispensáveis. E o executivo diz que o "ajuste foi uma das medidas necessárias para que seus planos de crescimento de 10% em 2.009 tenham alguma chance de se tornar realidade".

E a matéria por aí vai, inclusive apresentando alguns resultados de uma pequena pesquisa feita com os presidentes. Na pergunta "Houve Cortes em Investimentos?", 99 presidentes disseram que sim e destes, 23 grandes líderes visionários informaram que já cortaram funcionários. Ou seja, mal começou uma crise que ainda não mostrou toda a sua dimensão, funcionários são descartados com uma velocidade e impiedade que impressiona.

E nos coloca uma reflexão sobre a área de Recursos Humanos: quão preparados estão os líderes do RH para defender a prioridade máxima dos empregos dentro da corporação?

Eu soube do caso de uma metalúrgica no interior paulista que precisou parar por uma semana por falta de pedidos e o que fez? ao invés do recurso da demissão, pois seu cenário é de redução efetiva de pedidos neste momento, optou por colocar todo o quadro em treinamento = uma semana de palestras e outras atividades que buscavam o melhor preparo do seu quadro.

No caso da mega corporação GE, será que a empresa estão tão mal das pernas (ou será que é o RH mal das pernas) que não consegue segurar e remanejar para alguma outra área ou unidade os 170 funcionários???demissão era a única alternativa possível?

Para refletir o papel do líder de recursos humanos dentro da corporação e sua real influência no board diretivo ou junto ao seu chefe, se não tiver assento no board.